24/05/2006

Sonny never gets blue


A primeira vez que eu ouvi Sonny Rollins foi imaginariamente. Explico: eu estava tentando ler a partitura para tenor de Blue seven: achei estranho um B que estava no quinto compasso: soava outside. Depois de algum tempo, eu descolei o disco e percebi o casamento da nota com a harmonização e, mais do que isso, ouvi Sonny. Desde então o som desse fantástico tenor tem um lugar especial na minha discoteca, que agora está mais rica: adquiri a caixa Sonny Rollins The Freelance Years, com as gravações da Riverside e Contemporary. Ouvir, logo de cara, Rollins e Monk é algo que faz o dia sorrir. Acrescente o clássico Way out west e a noite também será das melhores. Posso até afirmar que a implicância do navegante Sêo Cretino referente a Abbey Lincoln é amenizada quando o sax de Rollins soa nas faixas por ela interpretada. Lá está o trio pianoless interpretando a Freedom suite (talvez o único que faça alguma crítica negativa seja o Reinaldo, em função de sua aversão ao bombardeio de Max Roach). Mas Sonny never gets blue. O som de seu sax, mesmo nas baladas mais friorentas e pueris (tipo Like someone in love), faz-nos perceber outras cores no mundo. Ave, Sonny!

3 comentários:

John Lester disse...

Salsa, sua reprovação por faltas poderá ser rediscutida caso apareça com essa caixa gravada em mp3.

John Lester - Controlador de Frequência do Clube das Terças.

Anônimo disse...

Salsa, favor deixar cópia da caixa com o Pres na próxima terça, em mp3 como pediu o Lester.
Você perdeu a reunião de ontem - Rafael tinha comido muita pilha e somente dizia: Eta fuminho bão!
O homem estava doidão mesmo.
Antônio de Moraes

Anônimo disse...

A quem interessar possa: a música Blue seven está no disco Saxophone Colossus.