Não importa ser considerado repetitivo: não há como não voltar a falar sobre Benny Carter após ouvir o disco Live And Well In Japan, gravado em 29 de abril de 1977 no Kosei Nenkin Hall, Tokyo. Não apenas pelas excelentes e longas jam sessions que esse álbum traz (todas com mais de dez minutos de duração). Nem tampouco pelos memoráveis solos de Benny e dos demais músicos. Nem também pelo clima contagiante do público que perfuma o álbum com luz e frescor. O que me leva a cansar os amigos leitores com mais uma resenha sobre Carter é sua capacidade de reunir com maestria um grupo tão perfeito e produzir uma música de beleza tão intemporal. Com ele estão: Budd Johnson (soprano & tenor saxophones); Cecil Payne (baritone saxophone); Cat Anderson, Joe Newman (trumpet); Britt Woodman (trombone); Nat Pierce (piano); Mundell Lowe (guitar); George Duvivier (bass) e Harold Jones (drums). De quebra ainda podemos ouvir Benny Carter tocando, e tocando bem, o trompete e Joe Newman cantando, e cantando bem, uma homenagem a Louis Armstrong (quem quiser ouvir é só ligar o gramophone jazzseen). Confesso: um dos melhores discos de jazz que já ouvi. Vale gastar um pouco mais num Montes Alpha Syrah 2001 e cair no paraíso ...
12 comentários:
Não se preocupe, Benny merece.
Quem dera todos fossem repetitivos como vc John !
Coloca alguma música do Monk aí no blog !!!
MUITO BOM O BLOG DE VCS
carter era genio - seu unico defeito era nao ser metido abesta - por isso ficou na sombra
o blog ta bom demais
Salsa, esse teu filho vinicius só enche a gente de alegria porque já não temos mais a tal da paciencia.
Prezado Vinícius, esse disco (se for o lançado pela grp), na verdade, são dois. O primeiro foi gravado em sessenta um e contou com as participações de Rouse, Hawkins e Woods. Para mim, esse é bem superior ao segundo (as últimas oito faixas), gravado em sessenta e seis com a participação de Bud Shank e outros que me escapam à memória - a rapaziada não segurou a onda na tentativa de reedição do grande momento anterior e, nesse caso, pode ter rolado um cheirinho de naftalina, sim. Tente comparar. Reinaldo, o presidente do clube das terças, costuma dizer que esses jazzistas longevos, depois de tocarem de um tudo, acabam caindo na armadilha da repetição de fórmulas (às vezes para atender interesses de gravadoras) que não produzem o mesmo efeito (mesmo porque, no jazz, cada momento é um momento inimitável).
Salsa, como diria nosso amigo e sócio do clube das terças, xico brahma: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
vinicius, tenta peter brotzman - o album machine gun é bem moderno.
:-)
O tal Brotzman é um alucinado que toca um free desesperado que não dá pra aguentar um minuto.
Brotzman nao e nada quando comparado a Ornette.
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