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Lá estão Carlinhos Brown, Charles Lloyd, Martinho da Vila, David Sanborn, Preta Gil, Aldo Romano, Farruquito e, veja a que ponto chegamos, Deep Purple, nessa grande salada denominada Montreux. Para sobreviver, nenhum festival de jazz pode cometer a loucura de tocar apenas jazz. É preciso contar também com músicos menores que fazem o sucesso fácil e, assim, atraindo a massa ensurdecida, permitem que alguns grandes músicos se apresentem aqui e ali. Já que o clima é predominantemente fusion, eu recomendaria o concerto de hoje, dia 6 de julho, com o mestre do piano Abdullah Ibrahim. O mago africano parece, pelo menos ao meu ouvido, o menos óbvio dos músicos de 2006. Compositor de melodias bonitas e atraentes, sua música possui a inteligência sedutora exigida pelo jazz. Sempre muito bem acompanhado, Abdullah tem sido um dos grandes responsáveis pelo resgate da herança musical africana perdida nos porões dos navios negreiros. Recuperando antigas tradições e introduzindo novas idéias, o mestre sobressai com bastante facilidade dos demais convidados do festival que, salvo raras exceções, fazem mais barulho que música.
Lá estão Carlinhos Brown, Charles Lloyd, Martinho da Vila, David Sanborn, Preta Gil, Aldo Romano, Farruquito e, veja a que ponto chegamos, Deep Purple, nessa grande salada denominada Montreux. Para sobreviver, nenhum festival de jazz pode cometer a loucura de tocar apenas jazz. É preciso contar também com músicos menores que fazem o sucesso fácil e, assim, atraindo a massa ensurdecida, permitem que alguns grandes músicos se apresentem aqui e ali. Já que o clima é predominantemente fusion, eu recomendaria o concerto de hoje, dia 6 de julho, com o mestre do piano Abdullah Ibrahim. O mago africano parece, pelo menos ao meu ouvido, o menos óbvio dos músicos de 2006. Compositor de melodias bonitas e atraentes, sua música possui a inteligência sedutora exigida pelo jazz. Sempre muito bem acompanhado, Abdullah tem sido um dos grandes responsáveis pelo resgate da herança musical africana perdida nos porões dos navios negreiros. Recuperando antigas tradições e introduzindo novas idéias, o mestre sobressai com bastante facilidade dos demais convidados do festival que, salvo raras exceções, fazem mais barulho que música.
Seria o caso de pedirmos as explicações do amigo e sócio do Clube das Terças, Pedro Nunes, especialista em Deep Purple: o que esse conjunto faz lá em Montreux? Talvez pela inspiração do Casino incendiado no Festival de Montreux de 1971, que levou a banda a compor Smoke On The Water. Não sei não: acho que o cartaz do Festival de Montreux de 1999, pintado pelo brasileiro Britto, tem a cara do 40th Montreux. Se a grana está curta, clique lá em cima à direita, no Jazzseen Jam Sessions, e você ouve Abdullah tocando piano e cantando na faixa Namhanje. Preta Gil não tem aqui não, mas vale ouvir com cuidado o contrabaixo de Johnny Dyani que, infelizmente, já não está mais entre nós.
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5 comentários:
Repare a base cíclica: essa repetição leva à possessão. A frase básica (se o meu violão não estiver demasiadamente desafinado) pode ser decomposta em C - E (terça maior) D - C, e A - C - A - C (terça menor) e passa de novo pelo D (do A ao E = quinta). O que isso significa? Sei lá! Mas é bom de ouvir.
Música ideal para quem está num aeroplano sobrevoando as savanas africanas.
Gostei.
A tal base cíclica ( vide Salsa), não caiu bem na minha alma, nem os lamentos dos porões dos navios negreiros...não Lester, foi mal...
Nada como acordar 4 e 30 da madrugada e ouvir o jazzseen...
Delícia.
4 e meia, Bia? Bem animadinha você.
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