21/08/2006

De cara

Acabo de retornar de uma turnê ao lado dos Rolling Stones Cover pelo interior do Espírito Santo. É o tal lado escuro da lua. Agora, 00:33 da segunda-feira, recém acordado do nocaute técnico, ainda zonzo da pauleira da madrugada de sábado, consulto a minha correspondência e lá está: quadradinho e redondinho à espera da primeira audição: Freddie Hubbard & Oscar Peterson - Face to Face. O disco foi gravado em maio de 1982 e conta com a participação de Joe Pass, Niels-Henning Pedersen e Martin Drew. O que dizer sobre esses músicos? O trompetista Hubbard tem uma história já amalgamada ao jazz e é uma das referências para os jovens músicos: o timbre do seu instrumento privilegia o registro mais grave e sem arestas (um som encorpado que pode ser confundido com um flueghelhorn). Oscar, então, é parte do próprio piano. De fato, o disco é a somatória do trio de Oscar Peterson mais Hubbard e o baterista Drew, consolidando um ótimo combo. O resultado final, à primeira audição (sabemos que a nossa sensibilidade pode alterar após algum tempo: por isso a importância da impressão imediata e, no mais rigoroso método científico, as subsequentes observações do experimento), bem, como eu digitava: a primeira impressão é de uma jam agradável. A primeira faixa, All blues, inicia com uma improvisação que anuncia uma boa sessão que, enfim, é concretizada. Os músicos estão todos lá, com seus intrumentos e brincando honestamente, mas senti a falta de um quê de embriaguês em boa parte do disco (pode ser um reflexo da minha noitada de rock'nroll). Uma garrafinha de bourbon poderia resolver o problema. O disco é encerrado por uma faixa pauleira pura: Tippin'. É aquilo que a gente pode chamar de um grande final e que, agora, enquando encerro o texto, força-me a ouvir mais uma vez todo o disco. Deixarei essa no Gramophone by Salsa.

10 comentários:

Anônimo disse...

Eu vi e ouvi o Salsa no encontro de motoqueiros. A apresentação foi muito boa.

Anônimo disse...

Estorinha estranha essa. Drogas, jazz e rock&roll em Colatina ? Só o ronco das motocicletas para acompanhar esse som:ninguém precisa ouvir nada !Fiquei.....

Salsa disse...

E o hubbard, alguém ouviu?

Anônimo disse...

...é, do principal assunto do post (o jazz) ninguém falou ainda... um timaço desses só pode fazer coisa muito boa!!!

Anônimo disse...

Salsa

Não ligue para as observações do Cretino R R Coimbra de Creta, que foi internado alguns anos no Marista de Colatina e deve ter sido estrupado na carne, e estuporado no espírito, muitas e muitas vezes.
Agora vem a pergunta idiota: é mais fácil você mandar pra mim as cinco faixas do disco por e-mail (achiame@terra.com.br),
ou aparecer com uma cópia lá no clube na 3ª?

Salsa disse...

Mas que singelo comentário, mr Ahmed...

Anônimo disse...

Mas esse tal de Antonio Moraes não sabe português, não? Quem foi "estrupado", o tal Cretino de Creta ou a língua portuguesa? Caraca! E de jazz ninguém fala, né? Encontro de motoqueiro parece congresso de hippie: cachaça, chulé e cecê...

Salsa disse...

Ai, ai,... e o Hubbard, gente? Alguém ouviu?

Anônimo disse...

Salsa,

Weaver of Dreams, faixa 3 do disco de Peterson e Hubbard, foi um dos temas (acho que o último deles: o único de que me lembro) do programa Momento do Jazz, da velha Universitária (a Rádia, como se diz lá no clube), que durou de 1989 a 1996, por aí, sete anos de ralação pela nobre causa do jazz, na transição do lp pro cd.

É um disco muito agradável de ouvir, e é o que estou fazendo agora.

Pelo que ouvi dizer, Freddie Hubbard se integrou muito bem também com Count Basie em outra sessão, também para a Pablo, salvo engano.

John Lester disse...

Peterson tem uma série de duetos interessantes com trompetistas. Meu predileto é com Jon Faddis. Em breve, resenharei o dito cujo para os sedentos argonautas. E o Hubbard? Alguém já ouviu? rs.