
Agosto, enfim, é o mês do cachorro louco e do meu natalício. Notícias boas e ruins proliferam, você pode escolher. A rapaziada que tem como leitura predileta os obtuários dos jornais deve ter percebido que, no início do mês, foi a vez do pianista
Duke Jordan. Ele é mais um daqueles músicos que optaram pelo exílio voluntário nas terras frias da
Europa - na
Dinamarca, para ser mais preciso (parece que o gelo de lá é mais receptivo do que o gelo norte americano).
Duke foi o pianista que acompanhou as gravações de
Charlie Parker para o selo
Dial e
Savoy. Isso já seria suficiente para enriquecer o currículum de qualquer mortal, mas ele é mais do que um
sideman: a sua maneira de tocar consegue unir o peso e agitação do
Bop com um peculiar lirismo. Estou ouvindo um dos discos de sua fase européia:
Beauty Of Scandinavia. Foi gravado em
1995 com a formação clássica: trio de piano, baixo e bateria. É um disco que não tem muita invencionice:
Duke deixa o baixista e o baterista brincarem à vontade enquanto ele vai depositando acordes aqui e outros acolá, imprimindo um colorido especial ao resultado final da gravação. Deixarei uma faixa no
Gramophone By Salsa para sua diversão.
2 comentários:
Achei Sweet meat (nome interessante) boa de ouvir. O baixista e o baterista são bons, também. Quem são eles?
Salsa
Há alguns meses, André Gurgel apresentou ao Clube das Terças o cd Flight to Denmark, gravado em 1973 pelo Duke Jordan Trio em Copenhagen e que fez sucesso entre a turma. No cd estão mescladas reinterpretações bem originais de velhos standards e algumas músicas novas.
Jordan, que sempre preparava uma boa cama para que os solistas deitassem e rolassem, também sabia ser protagonista de primeira linha.
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