13/09/2006

A Day In New York - Tony Scott

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Tony Scott talvez seja um dos poucos clarinetistas de jazz que alcançaram algum destaque no bebop, estilo que, por sua própria natureza, exigia a violenta agilidade que somente o trompete e os saxofones alto e tenor poderiam fornecer adequadamente. Apesar disso, Tony, um apaixonado pela música de Charlie Parker, insistiu em fazer bop com seu delicado instrumento. Para reforçar sua voz, Tony aprendeu também a tocar o sax barítono com bastante competência, além de brincar com o tenor, a flauta e o piano. Antes de mergulhar no nebuloso mundo da world music trazido pela década de 1960, Tony produziu excelentes álbuns dentro da escola branca do bop. Assim foi em novembro de 1957, ano em que gravou três excelentes álbuns lançados pelos selos Seeco, Carlton e Perfect, todos reunidos no excelente cd duplo A Day In New York, lançado pela Fresh Sound. Contando com a presença de um jovem e desconhecido pianista denominado Bill Evans, além de Clark Terry (t), Sahib Shihab (bs), Jimmy Knepper (tb), Henry Grimes (b) e Paul Motion (d), Tony mostra a insuspeita viabilidade do clarinete no ambiente bop. Aos argonautas mais incrédulos deixo as faixas There Will Never Be Another You e Blues For Three Horns no Gramophone By John Lester (acima, à direita) para uma rápida conferida no talento de Scott.

4 comentários:

Salsa disse...

Grande Lester e seu armário de surpresas.

John Lester disse...

Prezado Vinícius, nosso blog dispõe de vários 'gramophones'. O principal deles - o Gramophone Jazzseen - fica logo acima, no alto da página. Note uma discreta seta cinza ao lado da última foto à direita. Clique nela e surgirão novas fotos, cada uma delas representando novas faixas. Tony Scott está por ali amigo.

Não esqueça de visitar também nossos outros gramophones, todos dispostos à direita, na parte superior do blog.

Saudações, JL.

Anônimo disse...

Lester, fui lá conferir e ouvi com prazer as duas faixas de Tony Scott, sobretudo o blues. Valeu.

John Lester disse...

Valeu Pres. Qualquer coisa, estamos aqui. Se der, ouça a menina Virginia.