
Estava à-toa na vida e meu amor não me chamou. Restou-me, então, ouvir um pouco de música. Peguei o disco
Inside out, do clarinetista alemão
Rolf Kuhn (que circulou em algumas bigbands americanas nos anos cinqüenta), e, enquanto ouvia, fiquei olhando para o meu clarinete (meu, não, do
Benjamin, que se mudou para
Mato Grosso e o deixou comigo). Falta-me quilometragem, constato. Não terei tempo nessa vida para tocar desse jeito. Aquele som aveludado é impressionante - ainda mais quando está ao lado de um saxofonista como
Michael Brecker: o contraste produzido pelo encontro dos dois instrumentos é bastante interessante. Mas não pára por aí:
Lee Konitz também participa do disco: a faixa
Kary's trance merece atenção (um parêntese maldoso: um colega me disse que, se deixarem, esse participa até de disco de axé music - implicância pueril dele). O

trompetista
Till Bronner demonstra firmeza em sua participação em
I got it bad e na lírica
Go from here. O nepotismo rola com a presença do seu irmãobrother
Joachim Kuhn (piano), que não faz feio e justifica a sua presença. O restante da equipe é formada por
John Schroder (guitarra);
Detley Beier (baixo);
Jochen Ruckert e
Wolfgang Haffner (bateria). Eu sapeco quatro estrelas (não gostei da homenagem a
Ornette, nem do duo com
Lee no tema Leeaison). Deixarei, como sempre, duas faixas para o deleite dos navegantes ali no
Gramophone by Salsa.
4 comentários:
arf! Arf! Arf!
O povo costuma desprezar Lee Konitz, talvez por ele ser cordato. Eu tenho esse disco e o acho muito bom. Kuhn se mantém fiel aos grandes Goodman e Giuffre.
Caim, caim, caim
Bem, pelo jeito a cachorrada de planta~o (olha o acento fora de centro) esta´ atenta `as informaç~oes do blog.
PS: Alguem sabe como resolver o lance do acento? (dispensamos as piadinhas que a situaçao enseja)
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