Ele me lembra um Clifford Brown ligeiramente bêbado, com aquele som encorpado e redondo, rascante e doce, capaz de, em momentos imprevisíveis de lucidez, desferir saraivadas de semifusas alucinadas do bocal de seu trompete. Sam Noto nasceu em New York, 1930, mas acabou indo para a costa oeste, tocar com Stan Kenton. Mais tarde, já na década de 1960, tocou com Count Basie. Não bastasse, abriu seu próprio negócio, gravando excelentes álbuns para a Xanadu na década de 1970. Sempre inquieto, Noto foi parar no Canadá, onde trabalhou com Rob McConnell, além de produzir arranjos e tocar em festivais e clubes de New York e do Canadá. Apesar de ser um músico superior do bebop, Noto nunca recebeu o reconhecimento que merece. Para os amigos navegantes, deixo a faixa Lover Man (senha de acesso = jazzseen), extraída do álbum Entrance!, gravado em 1975 para a Xanadu. Com ele estão nada menos que Barry Harris (p), Leroy Vinnegar (b) e Lenny McBrowne (d). Easy session.
5 comentários:
Boa dica Lester!
Lester
o Outono está se aproximando do fim...venha curtir comigo os seus últimos dias.
beijos
fuser
Lester, tirou do Baú !
Ouvi Sam Noto uma única vez no programa do Coutinho aqui no RJ há muitos anos e nunca mais ouvi falar ou encontrar gravações dele.
Boa dica !
Abraço
Desse eu nada tenho. Noto é nome ou apelido?
Valeu Augusto.
Guzz, a coisa está a vendo no e-music por preços módicos. Mas talvez também possa ser encontrado no e-mule.
Salsa, essas coisas de noto, outono, et coetera, quem sabe bem é a Fuser. Converse com ela.
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