O clarinetista virtuoso Buddy DeFranco, nascido em 1923 em New Jersey, passou boa parte da vida tentando convencer os críticos de que não era um músico frio e mecânico. Para alguns, sua técnica absoluta transformava suas intervenções em tediosas demonstrações de habilidade, sem qualquer swing. Até onde meus ouvidos puderam verificar, não existe verdade nessas ásperas críticas. O que de fato parece ter afastado Buddy do sucesso e da fama foi a infeliz escolha do instrumento, o clarinete, numa época em que o jazz estava sendo dominado pelo trompete e pelo sax tenor: o bebop praticamente exterminou o clarinete do jazz. Na verdade Buddy é um desses poucos músicos que podem se dar ao luxo de ter parte da obra editada pela Mosaic (seus quartetos com Sonny Clark), mesmo sem vender quase nada (a coisa encalhou nas estantes da gravadora). Também não é justo que o nome de Buddy não apareça em quase nenhum guia de jazz ou livro sobre o bebop. São bem poucos os críticos que lhe dão a atenção que merece, entre eles Scott Yanow, do All Music Guide. Para os amigos deixo a faixa Billie’s Bounce, retirada do álbum Buenos Aires Concerts, gravado em 1980. Buddy dá um banho nos argentinos Jorge Navarro (p), Ricardo Lew (g) e Jorge Lopez Ruiz (b). Show de bola!
Buddy DeFranco_The... |
11 comentários:
Sou mais o Riquelme!
Se Riquelme jogasse como Buddy toca, a Argentina seria um timaço.
Ouvi, prezado Lester, e também não percebi nada entediante. Billie's bounce é bop de primeira e Buddy derrota com tranqüilidade a seleção argentina (sem precisar de gol contra) 8^D
blog profeta.
Buddy era um zero à esquerda. Clarinetista de verdade foi Sidney Bechet!
Tocava nada esse tal de DeFranco.
Pelo jeito o Predador arranjou um ajudante. Dois etês para azucrinar o blog.
É, esses caras querem mesmo é polemizar; o cara é um grande músico e ótimo instrumentista...
... e gostei do time (de músicos) argentino também; os meninos mandaram muito bem!
Aposto que alguns desses "entendidos" aí sequer sabem tocar um instrumento.
O dito "predador(o legítimo)", além de ser um farsante, é um completo ignorante em matéria de jazz. Sem ter o que fazer, fica tumultuando o blog e inserindo frases que não foram ditas por mim. Faço críticas ácidas aos mentores do blog, mas com fundamentos e com respeito, nunca neste seu nível, e sabe de uma coisa "predador(o legítimo)": vá pegar um "piçorão". Já estou de saco cheio com impostores.
Não creio que críticas virulentas combinem com jazz. Combinam?
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