15/08/2007

Inconformismo - Kenny Drew

Na última terça, em nossa reunião semanal do Clube das Terças, no Centro da Praia - Vitória -ES, Fernando Achiamé, nosso Diretor Para Assuntos de Alcova, deflagrou sua metralhadora verbal de inconformismo quanto à ausência de Kenny Drew entre os melhores pianistas do jazz - de fato, Kenny não comparece na Enquete by Jazzseen sobre o tema - ver coluna da direita do blog. Fernando argumentou que o rapaz foi esquecido por ter fugido para Copenhagen em 1964, sendo totalmente ignorado pelo mercado norte-americano. Fernando lembrou dos excelentes trabalhos de Kenny ao lado de mestres como Howard McGhee, Charlie Parker, Coleman Hawkins, Lester Young e muitos outros. Afirmou ainda que o pianista mereceria constar entre os 15 melhores do jazz nem que fosse por seu único álbum gravado para a Blue Note, em 1960: Undercurrent, com Hank Mobley (ts), Freddie Hubbard (t), Sam Jones (b) e Louis Hayes (d). As faixas são: 1. Undercurrent (7:18), 2. Funk-cosity (8:25), 3. Lion's Den (4:53), 4. The Pot's On (6:05), 5. Groovin' The Blues (6:19) e 6. Ballade (5:32), todas compostas por Kenny. Ficamos todos calados por alguns instantes. Depois, levantamos em uníssono e fomos para casa ouvir Undercurrent.

14 comentários:

Cinéfilo disse...

Discaço.
Achiamé tem razão em protestar.

Anônimo disse...

Ei!!!! Kd o resto do disco??? E como eu faço para abrir o arquivo depois de baixado?

Anônimo disse...

Prezado Thiago, a perte 2 do álbum está na coluna da direita do blog, na sessão 'album downloads' bem como a senha (password ou pw para os íntimos) que é 'madrid'

fuiii

Anônimo disse...

Parece-me estar ouvindo Art Blakey & jazz messengers. Falta alguma coisa para ser "discaço", como disse o sr.Grijó. Salva-se Hank Mobley, que neste disco supera os demais músicos.

Anônimo disse...

Ai, meu deus que saudade da Amélia!

Anônimo disse...

Olá ! Muito bom seu blog. Já entrado por aqui, quando vc passou lá no meu blog (Be-Blog Jazz) e me passou o seu endereço. Nesta semana, dois amigos me indicaram o teu blog ! Sinal de que está sendo aos poucos divulgado no boca a boca.
Parabéns ! Voltei a postar no meu blog. Dê um pulo por lá ! Abraço.

Anônimo disse...

faltou um "havia" depois do "Já", no texto acima...rs.

Cinéfilo disse...

Max Roach morreu.
Uma perda.

Anônimo disse...

... Maxwell Lemuel Roach on Jan 10, 1924 in New Land, NC... Perdoem a ignorância do australopitaco, mas vim do allmusic agora e até onde - eles tbm - sabiam, não há data da morte lá. Será notícia de 1ª hora? (...) Caramba, é mesmo... 83 anos... Perdemos nós... Mas em compensação no "outro plano" hoje vai ter uma tremenda jam!

Mas venho por meio deste por um (outro) problema com os álbuns baixáveis no jazzseen... Será que só acontece comigo ou todos aqui são sócios na mesma CDteca? Só eu q reclamo!... Enfim, o álbum Kenny Drew - 1960 Undercurrent Parte 2 só aparecem as capas. Mais capas!, aliás. Nunca vi tanta capa e contra-capa e informação num CD só vindo da internet em toda minha vida. Até porque o álbum já vem completo, segundo o mesmo allmusic, com 6 faixas - na 1ª parte postada aqui. Então a parte 2 é uma outra edição do mesmo álbum com uma capa diferente, é isso?

Como disse, desculpem a ignorância do australopitoco!

Anônimo disse...

Aqui vai minha homenagem ao velho Roach:

Morreu nesta quinta-feira (16) o baterista Max Roach, um dos maiores instrumentistas de jazz em todos os tempos. Ele tinha 83 anos e faleceu em um hospital de Manhattan. A causa da morte não foi revelada pelo porta-voz da institução.

"Roach nasceu no Estado da Carolina do Norte e cresceu na cidade de Nova York. Aos 16 anos ele tocou com a famosa Duke Ellington Orchestra e a partir daí começou sua escalada na cena jazzística da cidade.

O baterista trabalhou nos discos mais importantes do saxofonista Charlie Parker e foi integrante de grupos liderados por Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, Miles Davis (com quem gravou "Birth of the cool") e Bud Powell.

Em 1954, Max Roach fundou com o trompetista Clifford Brown o lendário quinteto que desenvolveu o be-bop em direção a um novo estilo conhecido como "hard-bop". A morte acidental de Clifford Brown o afetou muito.

Em 1958, ele se engajou ativamente na defesa dos direitos dos negros americanos, publicando álbuns como "We insist: freedom now suite" e "Newport rebels". Na mesma época, tocou com Bernard Lubat, Manu Dibango e Salif Keita num concerto pela liberação de Nelson Mandela.

Casado com a cantora Abbey Lincoln, ele participou ativamente da política dos anos 60 ao lado de Martin Luther King e Malcolm X.

*No começo dos anos 80 ele trabalhou com o lendário rapper Fab Five Freddy e sofreu críticas por se associar ao gênero. Ele disse que o rap é um conjunto sonoro sem fronteiras."

*Em nome da música sem preconceitos, este parágrafo, especialmente, motivou-me à homenagem. Isso aí, Max! Mostra pros puristas como se comporta um músico de verdade!

"Roach, que ganhou diversos prêmios e foi professor da Universidade de Massachusetts, se destacou por seu estilo agressivo na bateria por vezes, mas que sabia fazer uso do silêncio em alguns momentos, intercalando com competência tanto baquetas quanto escovinhas.

No começo desta década, Max Roach começou a sofrer de complicações devido a hidrocefalia (quantidade anormal de líquido no cérebro), o que o obrigou a diminuir suas atividades."

Anônimo disse...

Kenny Drew e um excelente pianista , seu legado Kenny Drew Jr supera , com mérito, as origens.O filho é um pianista formidável,em plena atividade constante, cujo pai se orgulharia muito.Edú

John Lester disse...

Prezado Sérgio, obrigado pelos comentários sobre Max e pelas impressões sobre os downloads. Somente gostaria de esclarecer que os downloads apresentados no Jazzseen não são de nossa autoria ou responsabilidade. São apenas links oferecidos na net por terceiros. Logo, qualquer upload ou download realizado é por conta e risco dos amigos navegantes.

Obrigado também ao Edú pela participação.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

Grande Max Rouch, que a terra lhe seja leve.

Anônimo disse...

A terra é leve, mr. Jimmy. O que a faz pesar é a descartável multidão de seres "vivos" na superfície.