20/11/2007

Red wing

Vovô Acácio era um homem cheio de estranhas manias e secretas paixões. A casa ampla, inspirada no método peripatético, construída em centro de terreno, permitia que circulássemos livremente em torno dela. As leves cortinas de algodão fiadas à mão por vovó Tícia nunca foram suficientes para emudecer as silhuetas que transitavam pela casa, especialmente aquelas provenientes da biblioteca, onde vovô acomodava seus objetos e documentos de maior valor e estima. Era ali, entre milhares de livros, envelopes e pastas, que vovô escondia uma de suas três maiores paixões: tratava-se do long play Ride, Red, Ride in Hi-Fi, do trompetista Henry ‘Red’ Allen. Gravado em março e abril de 1957, vovô apressou-se a gravá-lo em fita cassete, preservando o original que, muitos anos depois, faria parte do legado que com tanto carinho destinou a mim. Vovô vibrava muito ouvindo Red, chegando a considerá-lo o maior trompetista do estilo new orleans, superior mesmo, segundo ele, ao magnífico Louis Armstrong. Nascido em 1908, em Nova Orleans, Red não chegou a completar sessenta anos de idade. Aprendeu seu instrumento na banda do pai, uma das muitas existentes na cidade. Depois de trabalhar com outros músicos, como George Lewis, parte em 1927 para St. Louis, onde tocaria com King Oliver. Acompanhando King, chega a New York, onde gravaria com Clarence Williams. No final da década, Red tocou ao longo do Mississipi com Fat Marable e suas famosas riverboat bands. Nesse período foi descoberto por ‘olheiros’ da Victor, que pensaram encontrar nele uma alternativa capaz de rivalizar com o imenso sucesso da Okeh, ninguém menos que Louis Armstrong. Retornando a New York, grava quatro faixas para a Victor em 1929, acompanhado pela banda de Luis Russell, alcançando imediato prestígio entre os músicos de jazz. A partir daí, Red tornou-se o primeiro trompete das bandas de Russell (1929-1932), Fletcher Henderson (1933-1934) e Mills Blue Rhythm Band (1934-1937), estabelecendo-se como o melhor trompetista do período inicial do swing.
Apesar de excelentes gravações como líder, algumas delas consideradas modelos perfeitos do swing, em 1937 Red e a banda de Russell vão trabalhar para Armstrong. Como segundo trompete, Red percebe que seu espaço como solista estava sendo ocupado por trompetistas mais modernos, com o genial Roy Eldridge. Separando-se de Armstrong em 1940, Red volta-se para uma espécie de revival do estilo new orleans, gravando com antigos mestres, como Jelly Roll Morton e Sidney Bechet. Na década de 1950 retorna ao swing, gravando com um time que incluía, entre outros, Coleman Hawkins, Buster Bailey, Kid Ory, Pee Wee Russell e JC Higginbotham. Entre 1954 e 1965, Red tocou no Metropole, um excelente clube de New York, além de realizar diversas turnês pela Europa. Vovô então puxou-me e disse: escute Paulinha, veja se você consegue distinguir quem é Red e quem é Armstrong nessa gravação de I Ain’t Got Nobody, de 1929! Incrível, não é? Realmente, como quase todo trompetista desse período, o estilo inicial de Red era bastante similar ao de Armstrong. Mas é preciso lembrar que Red cresceu ouvindo Armstrong tocar na banda de seu pai e, assim, modelou a partir dele sua técnica perfeita e sua sonoridade básica. Somente mais tarde, livre do peso monumental de Armstrong, Red pode desenvolver seu estilo próprio, fluido, com seu legato articulado, sua concepção personalíssima de ritmo (ele simplesmente ignorava o tempo da banda), além de seus incríveis efeitos, como grunhidos, glissandos, tremolos, rips, notas salpicadas, tudo com um ataque sempre malicioso, a tal ponto que vários músicos do free jazz encontraram nele uma rica alternativa à sonoridade padronizada do bebop. Apesar de se tornar famoso por ser capaz de rivalizar com Armstrong em velocidade, técnica e virtuosismo gratuito nos registros médios e agudos, Red terminou sua carreira com um dos sopros mais expressivos na região grave do instrumento. Sempre em movimento, no fim da vida abandona o swing, voltando-se novamente para o estilo new orleans e, dessa vez, com ênfase para o blues. Impressionada com a música de Red e com as palavras entusiasmadas de vovô, não consegui adormecer. Foi assim, vencida pela insônia, que descobri às 4 da manhã a segunda paixão secreta de vovô Acácio: minha janela dava para o quintal e, com a lua cheia, pude observá-lo nitidamente caminhando em direção à garagem. Aproximando-me sorrateiramente, pude vê-lo sussurrando palavras desconexas e acariciando sua Mercedes Benz 300SL. Ele a chamava de ‘my little gullwing’, enquanto a massageava com uma finíssima camisola de vovó Tícia. Quanto à terceira paixão secreta de vovô, nunca soubemos de nada concreto, exceto que era loura e falava pouco.
I Cover the Waterf...

O lp Ride, Red, Ride in Hi-Fi foi lançado em cd pela Bluebird, com o título World on a String. Para você deixo a faixa I Cover the Waterfront, com Red, JC Higginbotham (tb), Buster Bailey (cl), Coleman Hawkins (ts), Marty Napoleon (p), Everett Barksdale (g), Lloyd Trotman (b) e Cozy Cole (d). Até a próxima!

37 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom Paula, seu comentário sobre um músico de primeira. Embora correto em todas as suas atuações, preferia-o tocando o estilo swing. Mas um barato mesmo era o vovô Acácio. Já pensou na possibilidade de escrever um livro de suas(dele, vovô)manias, paixões e aventuras pelo mundo?

Anônimo disse...

Também curto muito o som de Red, um excelente músico. Outro bom álbum é Mr. Allen, gravado em 1962 para a Swingville.

ReAl disse...

Não tenho esse. Valeu a dica.

Anônimo disse...

vovô Acácio sabia das coisas ...

Anônimo disse...

Paula, vovó Tícia era loura?

Anônimo disse...

Boa a sugestão do Predador, as estórias que a Paula nos conta são gostosas de ler e sempre com conteúdo interessante.Tem o meu apoio!

John Lester disse...

Paula, obrigado por mais uma de suas deliciosas resenhas. Que saudade do bolo de abacaxi de vovó Tícia!

Beijo, JL.

Cinéfilo disse...

Tudo em família, caro JL.
Paula sabe escrever, tem talento para o verbo, como diz Paulo Francis.
Beleza.

Abraços (para vc tb, Paula!)

Cinéfilo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Entre o álbum de jazz e a loura muda, fico com a asa de gaivota. Muito linda!

Anônimo disse...

Envolvente e ao mesmo tempo informativo.Edú

Anônimo disse...

Existe um milionário que mora em minha cidade(itatiba/sp) e tem uma lendária coleção de carros - um dia eu estava pegando a pista de manhã e vi esse carro saindo da estrada que dá no condomínio dele: o cara andava o 80km/h na pista, curtindo o carro(e a manhã ensolarada, e o fato de ser cheio da grana, provavelmente) e eu pude ver o carro, idêntico ao da foto, em detalhes: cheguei no trabalho e entrei no site da Mercedes - achei o carro e pensei: é o carro mais bonito... (não consegui terminar a frase) : enfim, é o mais bonito.

depois li em algum lugar que o Miles tinha um desses. Isso só fez crescer minha admiração pelo sujeito: vestia-se bem, tinha orgulho e consciência racial(exacerbada, como era justo q fosse, na época), exigia, cobrava, ganhava(no livro sobre o village vanguard o cara conta que miles sempre foi o cara mais caro)

teve a sua disposição os melhores músicos, trabalhava com quem quisesse na verdade, em toda sua vida só fez o que quis (inclua-se ai muito bom jazz) - namorou a juliette greco(de passagem por paris) - e tinha um carro igual a esse ai da foto

não é atoa que tantos falam mal dele até hoje, vai muitas décadas para gastar a inveja que ele inspira...


Vinicius

Anônimo disse...

vovo acácio tb não era mole...

vinicius

John Lester disse...

Prezado Vinicius, concordo com quase tudo que você disse. Mas acredito temeroso avaliarmos um músico por sua conta bancária. Muitos gênios e muitos músicos brilhantes do jazz morreram na miséria, alguns até sem os dentes, como King Oliver, o mentor de Armstrong e Red.

Grande abraço e prazer tê-lo sempre conosco, JL.

Anônimo disse...

Prezado Vinicius, a música de Miles se engrandece cada vez mais a cada ano q a aprecio e gosto de quase todas as suas fases.Com reservas de Bitches Brew em diante, mas com destaque a Jack Johnson.Live-Evil,You Under Arrest.Porém a figura humana de Miles q surge nos relatos após a sua morte ,cada vez mais merece meu desprezo.Reservo-me o direito de separar o criador musical (genial),da criatura humana(um homem ególatra, desonesto,mentiroso e espancador de mulheres).A propósito, o artigo de Miss Nadler esta tão delicioso q quis reler antes de ir pro berço.Edú

Anônimo disse...

tô voltando...e com a corda toda...

Anônimo disse...

A pessoe sem escrúpulos que usa o apelido de outras está novamente usando o meu. Não levem em consideração, principalmente se suas palavras forem ofensivas e de mau gosto. Se continuar, simplesmente deixarei de usar este nick name que criei para mim.
Por que será que uma pessoa age assim? Não quer assumir o que diz, mesmo podendo criar seu próprio apelido? Não entendo!

Anônimo disse...

Bom, todo mundo tem seus podres... eu não sabia que Miles "espancava mulheres" - não será algum incidente isolado, ou era um habito mesmo? Pergunto honestamente. Afinal me parece que Miles é um tipo que tudo que faz é multiplicado por 10. Não coloco a mão no fogo que o desdentado King Oliver ou o etéreo Coltrane nunca bateram na patroa.

As coisas mudaram muito, os tempos, os valores, os costumes. Esses caras chegavam em casa drogados, trabalhavam em botecos, não tinham, em sua maioria, muita instrução... O jazz não era lá a coisa mais glamurosa do mundo

Não quero defender os erros dos caras. Diz-se que Miles era desonesto e ególatra, bom, quanto ao ego, acho bobagem julga-lo: qualquer cantor pop, um cara do tipo que será esquecido antes do fim da década(desta!) tem o ego do tamanho do dele. Ele era um artista importante e tinha o direito de ter o ego q quisesse.

Quanto a conta bancária: não é nada disso: não admiro Silvio Santos e a conta dele é bem mais alta que a do Miles jamais foi. O que vejo no Miles é um cara que sabia seu valor, mergulhado numa sociedade racista. Imagino o cara andando com esta Mercedes em Nova York... rsrsrsr...

Não sei se ele era desonesto, sei que a autoria de algumas músicas é questionada, mas uma avaliação honesta deste cara vai deixar claro que não foi por assinar sozinho algumas parcerias que ele se tornou o que é...

vinicius

Anônimo disse...

Vinicius, entre o homem e o mito, prefira sempre o mito.Pra extrair sua opinião final, sugiro q leia a autobiografia de Miles, em parceria com jornalista Quincy Troup, publicada, aqui no Brasil, pela editora Campus.Na época de seu lançamento nos EUA, Max Roach esteve no Brasil para participar de um Free Jazz com o livro “tinindo de novo” na bagagem .Um conhecido q fazia free lancer foi entrevista-lo e ele estava lendo-o.Quando indagado sobre sua opinião a respeito da obra disse:" como esse cara e inventivo e mentiroso".No seu leito de morte, Miles implorou a companhia de sua ultima esposa no hospital.Ela se recusou a acompanhar seus últimos suspiros, extenuada pelas constantes surras e brutalidades q sofreu em anos de convivência .Tornando-o indigno de sua misericórdia.Também recomendo o livro do Ashley Khan, Kind of Blue , a história da obra prima de Miles Davis, pela editora Barracuda.Um trabalho meticuloso e apaixonado de um admirador do legado musical de Miles, como eu.E , não esquecendo, os carros favoritos de Miles eram Ferraris, teve várias Testarossas em sua conturbada vida.Edú

John Lester disse...

Vinicius, se Miles fosse branco, provavelmente seria considerado um músico menor (o que de fato era), além de idiota, racista e drogado. Se branco, creio que nem seria citado nos guias de jazz. Talvez nos guias de rock, como líder (o que de fato foi). Agora, como negro orgulhoso e consciente de sua raça, Miles sempre preferiu as louras. Curioso, não é?

Mas é isso. Ainda assim, é fantástico ouvir as surras que Miles levava de Charlie Parker, esse sim um gênio do jazz capaz de suscitar alguma inveja em saxofonistas medíocres como eu.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

Sammy Davis Jr,o maior showman de todos os tempos , negro,judeu e que apreciava as loiras.E tinha a vantagem em razão de seu carisma , personalidade e trato nos lençóis,fazia elas se apaixonarem perdidamente por ele.E o cego de um olho era ele.Miles sempre teve predileção pelas morenas mais cor de jambo, como demonstra seus 3 casamentos oficiais.Naturalmente, abria exceções.Edú

Anônimo disse...

Excetuando um impostor, essa postagem está perfeita - inclua-se aqui os comentários -, de alto nível. A indiferença ao estilo/estética Miles, por JL é colocada sem subterfúgios e a polêmica se fez na mais absoluta paz. O que talvez só um observador leigo imparcial tenha reparado foi que, apesar do tema proposto girar em torno de Red Allen, e mesmo mestre Acácio, quem roubou a cena, pra variar, foi Miles Davis. Portanto o cara continua cumprindo à risca o legado de ser alvo de todas atenções, quando citado, e o assunto for jazz.

Cinéfilo disse...

A vida de Miles – fatos, composições, feitos e controvérsias – estão muito bem delineados em “So What – The Life of Miles Davis”, de John Swzed, professor e antropólogo da Univeridade de Yale. Quando o livro saiu, li-o avidamente, principalmente porque era apontado como um livro esclarecedor sobre a vida do músico (que é um de meus ídolos, JL, como vc bem sabe): seu envolvimento político, os entreveros conjugais, as relações com os músicos, a pauleira contra produtores, o envolvimento com as drogas, a ligação com o boxe, o confronto com o racismo e muito mais. Muita coisa que havia sido dita sobre Miles, segundo o autor, era, naturalmente, envolta em dúvidas. Era necessário buscar o preenchimento de algumas lacunas e isso se traduzia num trabalho minucioso que ele propôs fazer – e fez. Ele mesmo se convence de que a música de Miles associa-se diretamente ao que ele vivia; não se podiam separar os acontecimentos de sua vida e o que era produzido (e retratado) em harmonia e melodia. Afirma que as diferentes fases musicais de Miles são reflexo da forma como o artista levava a vida, uma constante revolução prática comportamental, que tinha como objetivo compreender a si mesmo como indivíduo e como músico. Faz comentários – nada breves – sobre a vida pessoal de Miles e não cita, num só momento, espancamentos ou qualquer outra forma de violência contra as mulheres, nem contra a musa o Existencialismo, Juliette Grecco, a não ser uma cusparada que Miles dirigiu a ela (e Miles confirma isso, numa entrevista) numa tarde parisiense. Era misógino, sem dúvidas, mas não há – segundo o autor, repito – comprovações sobre tal comportamento violento. Ele mesmo questiona a veracidade de algumas afirmações sobre o negão. O livro também é muitíssimo interessante por trazer uma visão (às vezes desfavorável) alheia sobre o grande músico: James Baldwin, Norman Mailer, Kerouac e alguns outros que escreveram sobre Miles. Num das passagens o livro, John Swzed faz uma afirmação interessantíssima: “E daí? Miles Davis foi o som de seu trompete!”

Se houver interesse: o livro saiu em 2003, pela Simon & Schuster, e tem quinhentas páginas. A Siciliano, soube eu, ia traduzir, mas recuou.

JL, caro amigo, Muhammad Ali era consciente de sua raça – e de sua fé – e traçou, sem pena, Ursula Andress, louraça e, dizem, protestante.

Abraço.

p.s. Tenho relutado em comentar no Jazzseen por motivos óbvios: muitos “fakes” que não têm o que fazer sacaneiam pessoas que querem trocar idéias sobre jazz, literatura e vinhos. Sérgio Sônico tem razão: deve-se manter o nível.

Anônimo disse...

não é um musico menor, pelo volume, qualidade e importancia de seus trabalho nos anos 50 e 60.

sua obra se impõe, deixando em segundo plano discussões sobre o virtuose que ele nunca foi,

se branco ou japones, continuariam excelentes os discos do primeiro e do segundo quinteto, pra falar do básico-

não foi racista, mesmo rico e famoso, não formou bandas usando critérios raciais, gravou sempre com inúmeros músicos brancos, tinha uma relação dificil com o racismo, coisa bem compreensível para quem quiser compreender -

foi drogado e isso não se discute(são coltrane tb foi) - se bateu na mulher pouco ou muito não sei, mas se trata de um ser humano e não de um mito: já li que louis armstrong tb batia na mulher, e toda comunidade jazzista o ama, com seu sorrizo de papai noel negro...

de idiota não tinha nada, preferia as loiras, no que está em VASTA compania.

vinicius

Anônimo disse...

sobre os livros:

li o livro sobre kind of blue, que é um livro de fan e só fala bem do cara,
li o do village vanguard, o dono do vanguard descreve miles como um cara dificil, porém de forma nenhuma idiota e conta inclusive que frequentou sua casa( e que miles fez para ele um filé na chapa gigante, numa madrugada(o cara era branco))conta tb que uma namorada dele tomou um soco no rosto pq disse que quincy jones era bonito.(ok, o cara não era exatamente um gentleman...)
os demais livros serão lidos quando sairem em portugues ou quando eu resolver estudar ingles a sério...

vinicius

Anônimo disse...

sobre Hendy ‘Red’ Allen, fiquei com vontade de ouvir o disco cuja capa está no post, mas ainda que eu estivesse disposto a compra-lo, não poderia, visto o mesmo não estar a venda... eu, igual a alguém que escreveu ai, nem me arrisco a ouvir 2 faixas, pq posso ficar obcecado, semanas procurando o cd sem parar, assim, se alguém tiver o link para baixá-lo, por favor envie(discretamente) para vinicius_mq@yahoo.com.br são coltrane, padroeiro do download, nos protegerá!

caro Lester, me impressiona como Miles mexe com os sentimentos das pessoas: desculpe a insistencia, mas se outro jazzista batia ou não na esposa, ninguém está interessado!!!

abraço a todos

Vinicius

Anônimo disse...

O alguém que com duas músicas pode ficar obcecado sou eu mesmo, Vinícius. E se tua solicitação funcionar, repasse-me, por favor, o link para produzideia@yahoo.com.br No milagroso soulseek hoje, desde a manhã, tentei as combinações Hendy ‘Red’ Allen, Hendy Red Allen, Hendy Allen. e, finalmente, Ride, Red, Ride in Hi-Fi com e sem as vírgulas. Não me apareceu nem música avulsa de álbum ou mesmo do artista em nenhuma dessas opções portanto, reforço a solicitação.

Anônimo disse...

Amigos,vamos comprar o disquinho, o custo é o beneficio do prazer q ele proporcionará. Cada um manifestou sua opinião,naturalmente sem nenhuma espécie de censura, quanto mais a indecorosa prévia, e q se faça juízo pessoal dos argumentos elencados.A música de Miles resiste plena e interessante pros aficionados(como eu).E colocaríamos de lado o tema primordial q foi a bem instruída resenha de Miss Nader.A propósito, Vinicius, a autobiografia de Miles saiu no Brasil pela editora Campus.E às memórias do Max Gordon,dono do Village Vanguard, desapontaram-me também.O editor brasileiro é meu vizinho.Então, num dos encontros casuais no elevador do prédio, cumprimentei-o pela publicação.Ele questionou se já havia comprado o livro, e ,diante da minha negativa, mandou-me esse e mais cinco outros títulos de sua editora.Edú.

Anônimo disse...

É de uma ingenuidade abissal achar que autobiografias são confiáveis. As biografias já são suspeitas...imagine então as autobiografias!!!
Só rindo mesmo. Que tolinho esse Edú.

Léo Vieira.

Anônimo disse...

Edú, quem escreveu a autobiografia do Miles?

Anônimo disse...

Prezada Sandra, a autobiografia de Miles foi escrita , pelo menos consta nos créditos do livro, pelo próprio Miles e Quincy Troup e publicada no Brasil pela Editora Campus.E prezado Leonardo, tolo, seria eu, se desconfiasse de sua capacidade de discernimento.Todas as fontes estão disponíveis, apenas citei as publicadas no país.Cabe a pessoa interessada ler,fazer uma comparação com as informações prévias,checar as fontes e estabelecer seu próprio raciocínio.No Brasil, em 2006,a mais reveladora biografia,Minhas Duas Estrelas, editora Globo, foi escrita pelo cantor Pery Ribeiro,com a colaboração de sua esposa, sobre seus país, Dalva de Oliveira e Herivelto Martins.Um retrato corajoso e pungente, uma quase registro de sessões psicanálitícas pra “exorcismo” de seus fantasmas e traumas pessoais.Tinha agendado q iria em seu lançamento em São Paulo apenas pra dar um aperto de mão em Pery e manifestar minha admiração por sua coragem.Porém, compromissos urgentes de ultima hora impediram tal atitude.No âmbito externo,a autobiografia do sax alto Art Pepper,Straight Life,(ironicamente, numa tradução livre,vida correta) é um demolidor registro pessoal, classificado ,simplesmente, como brutalmente honesto,de um dependente químico e sua degradação pessoal, tanto na convivência familiar como essa própria dependência age em sua inspiração e criatividade artística.Também incentivado e auxiliado por sua esposa a por essas experiências no papel.Parece q nas grandes atitudes, nos homens, q tomamos na vida ,sempre tem um dedo de uma grande mulher na sinalização.Boa leitura a todos.Edú

Anônimo disse...

Continua sendo tolice de sua parte, além de falta de discernimento (sua), achar que uma autobiografia, escrita por quem quer que seja, tenha veracidade como objetivo. Pare de falar besteiras.
Quá.

Léo Vieira

Anônimo disse...

Leia os livros, se houver interesse, e fundamente suas opiniões.Estarei sempre disposto a considera-lás.Não ler e ter uma opinião previamente definida e uma demonstração de ausência de discernimento.Bom domingo.Edú

Anônimo disse...

É, parece que não tem jeito , seja qual for o apelido, a criatura quer mesmo é baixar o nível, polemizar com grosseria...Talvez seja melhor que não se responda às suas provocações, não vale a pena!

Anônimo disse...

E Grijó, não deixe de colocar sua opinião, ela é valiosa, se vc. desistir, será triste ver que uma criatura boba conseguiu nos privar de uma pessoa como vc.!

Anônimo disse...

E tome polêmica! rsrsrs

Cinéfilo disse...

Relaxe, Internauta Véia.
Não levo a sério o que os fakes dizem (nem aqueles que assinam posts como se isso os imunizasse e fizesse deles uma pessoa real).

Aparecerei sempre que possível.
Deixa comigo, IV.

Abraço